Diversos aspectos podem influir no valor de um imóvel, especialmente a sua vizinhança. Uma praça, um parque, um lago, um rio ou um shopping center em seu entorno, por exemplo, tendem a valorizá-lo. Por sua vez, um canal por onde escoam dejetos, uma comunidade violenta, um cemitério, um bar estridente ou uma casa noturna mal frequentada, tendem a desvalorizá-lo. Obviamente podem existir exceções.
Até pouco tempo atrás o melhor condomínio de casas em Caruaru, no agreste pernambucano, era o localizado ao lado do cemitério da cidade. Aliás, os seus moradores dizem em tom debochado que a vizinhança é muito boa porque não incomoda ninguém. Trata-se de um caso excepcional, que não caracteriza a preferência das pessoas daquela cidade de morar ao lado de um cemitério.
Provavelmente, existindo outro condomínio semelhante na mesma região, porém mais afastado desse cemitério, seria o preferido e as suas casas e terrenos seriam mais valorizados porque a lei da procura e da oferta determina o valor de um bem, inclusive de um imóvel.
Mas qual seria a diferença de valor entre os imóveis desses condomínios? Isso só seria possível constatar mediante a coleta de dados amostrais (imóveis à venda ou vendidos recentemente) em cada um deles e nos seus entornos. É que os valores desses dados retraram as influências das peculiaridades e circunstâncias inerentes a uma localidade.
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