Vez por outra vemos profissionais - até mesmo dos mais experientes- confundindo os conceitos de avaliação mercadológica, avaliação de benfeitoria e avaliação técnica, bem como fazendo confusão de competências do Corretor de Imóveis e do Engenheiro. Alguns chegando ao cúmulo de dizer equivocadamente que "a avaliação do Corretor não é técnica, é mercadológica", como se uma avaliação por ser mercadológica não seria técnica, ou seja, como se uma coisa fosse o inverso ou impedisse a outra.

Pois bem, dirimindo esse equívoco vamos definir o que vem a ser cada uma.

Avaliação de benfeitoria consiste no trabalho realizado por engenheiro visando constatar o custo de uma construção. Obtém-se o resultado por meio de orçamentos que utilizam os custos unitários de construção divulgados por entidades de engenharia.

Avaliação mercadológica, por sua vez, visa constatar o valor de Mercado de um imóvel, podendo ser realizada por Corretor ou Engenheiro. Mas, por lidar em seu dia a dia com as demandas do Mercado Imobiliário, o Corretor de Imóveis é o profissional mais indicado para essas avaliações.

Porém, quando se diz que uma avaliação é técnica, não está se dizendo que é um tipo de avaliação, mas apenas que se trata de um trabalho (de avaliação) elaborado com critérios técnicos, através de métodos. Portanto, independentemente de ser avaliação mercadológica ou de benfeitoria, as avaliações realizadas por Corretor de Imóveis ou Engenheiro são técnicas, inclusive porque observarem o que dispõem a Resolução-Cofeci n° 1066/2007 e a ABNT NBR 14.653.

Aliás, geralmente os instrumentos de avaliação realizados por Corretores são denominados de Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica - PTAM. Assim, como se pode ver, até na denominação consta que se trata de um trabalho eminentemente técnico.